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Dificuldade de ereção

O tema dificuldade de ereção é um problema que atinge 15 milhões de brasileiros e muitas vezes estão relacionadas com outras patologias. Os percentuais dos que buscam atendimento médico no país é de 10%. No mundo, este problema afeta mais de 150 milhões de homens, mas apenas 20% deles estão em tratamento. Como a assistência farmacêutica envolve problemas de saúde e falta de informação, está aí uma ótima oportunidade para aplicar este serviço.

Medo e vergonha dificultam a abordagem sobre o tema. O homem é cobrado em relação a sua sexualidade desde o nascimento, pois o tamanho do seu “documento”, nome que é dado carinhosamente para o seu pênis, é motivo de orgulho e comentários do pai ainda na sala de espera da maternidade. Estas cobranças seguem durante a vida e chegam ao ápice na terceira idade.

Por definição, a dificuldade de ereção ou disfunção erétil é definida como a falta de habilidade masculina para obter ou manter ereção suficiente para o intercurso sexual.

Para ter e manter a ereção do pênis é necessário um funcionamento orquestrado dos sistemas vascular, nervoso e hormonal.

A mensagem do estímulo sexual disparada pelo cérebro é transmitida através da medula espinal, até as terminações nervosas que chegam aos corpos cavernosos, estruturas de consistência esponjosa que ao se encher de sangue provocam a ereção do pênis.

Após receber a mensagem, a camada que reveste a parede interna das artérias, chamadas de células do endotélio das artérias penianas liberam neurotransmissores, que relaxam a musculatura lisa dos vasos sangüíneos que nutrem os corpos cavernosos, facilitando seu enchimento.

O acúmulo de óxido nítrico, que é o principal neurotransmissor, auxilia o relaxamento das trabéculas que constituem o corpo cavernoso com a finalidade de aumentar o fluxo de entrada do sangue. A maior parte dos medicamentos usados para tratamento das disfunções eréteis, exerce sua ação ao aumentar as concentrações do óxido nítrico nos vasos do pênis.

O constrangimento aumenta porque as pessoas associam a dificuldade de ereção à falta de virilidade, de atração e até a masculinidade. Várias patologias podem estar relacionadas com a dificuldade de ereção como os problemas cardíacos, diabetes, depressão ou hipertensão. Não existe sexo saudável quando a saúde física e mental está comprometida.

As dificuldades de ereção podem ser classificadas como psicogênicas, orgânicas ou mistas. As de causa orgânica podem ser de origem vascular, neurogênica, hormonal, induzida por drogas ou estar associadas a alterações anatômicas dos corpos cavernosos. As causas orgânicas são as mais comuns: constituem cerca de 80% dos casos. As principais são as relacionadas a problemas vasculares.

Estima-se que tenham algum grau de dificuldade de ereção até 46% dos homens hipertensos e 42% dos usuários de anti-hipertensivos, até 75% dos diabéticos, até 33% dos que têm colesterol elevado e até 90% dos depressivos.

Com uma orientação eficaz e o tratamento apropriado a dificuldade de ereção é solucionada na maioria dos casos.